Jardins Espanhois do sec. XVIII
O Barroco espanhol foi desenvolvido fundamentalmente no século XVIII até o século XIX, durante a consolidação do absolutismo e as reformas católicas (iniciadas durante o período dos Austrias Menores). Surpresa, mito e anedota tomam o protagonismo da arte, da arquitetura, do urbanismo e do paisagismo.
Compartilham muitos elementos com o jardim barroco francês, jardim como os gramados mais elevados, as ‘platéias’, o gosto barroco pela teatralidade e pelo artifício, o uso de ilhas artificiais e cavernas, os teatros ao ar livre, ‘menageries’ de animais exóticos, pérgolas, e arcos triunfais. A novidade sobre os jardins franceses, clássicos ou formais e a preocupação pela natureza, a incorporação da caça como atividade dentro do jardim e a teatralidade e artificiosidade (grotas, ilhas, teatros ao ar livre, pergolados,... e outros elementos). Um elemento caraterístico e a “orangerie”, tipo pergolado, que protege as plantas e árvores mais frágeis nas épocas invernais (no centro da Península).
Na Espanha, na jardinagem do século XVIII recebeu um impulso com a chegada dos ‘Borbons’, de origem francesa. Felipe V e seus sucessores queriam imitar os grandes palácios dos jardins vizinhos, que são realizados principalmente em dois complexos de palácios: Aranjuez e La Granja (local donde seria assinado um dos Tratados das fronteiras do Brasil em 1778).
O estilo barroco está confinado principalmente aos Sitios Reais como manifestação do poder. Uma ideia que o próprio Felipe V certamente aprendeu com seu avô Luís XIV, o Rei Sol